segunda-feira, 25 de abril de 2011

31º Ato - A Canção

31º Ato - A Canção

EDIÇÃO ESPECIAL HAUHAUUAHUAHUHUAHUAHUHAUh

Pevic. Pedrosa

quinta-feira, 14 de abril de 2011

30º Ato - A Minha Menina


E lá vem ela desfilando na avenida, despejando seu charme sem nem perceber, é dela , é natural, não precisa forçar pra ver. E de longe me olha com seus olhos bem cerrados e no meio do caminho lhe entrego meu sorriso mais safado. E ela passa... sem pressa... me olha de lado como se pagasse promessa pra qualquer santo de pau oco, joga seu cheiro no vento, ela é boa nisso... ela faz o momento... e depois acelera o passo, entorta meu pescoço e ela sabe que eu não sou bom moço, que vou olhar com um sorriso entre aberto e as mãos na cabeça pensando "Meu Deus dai-me tento ou dai-me ela, por que com ela eu tento e sem ela eu não presto".
Meu bem sempre sai montada naquele corpo de mulher, naquele semblante de despertar desejo e se te der dois beijos e um carinho na nuca eu te digo meu bom rapaz... te controla... porque mais nunca você vive em paz, nem sempre prioridade é sinônimo de exclusividade então corre atras negão, ou paga pra ver. E tem no seu jeito uma malícia tão saborosa que entre perguntas e respostas, solta seu charme entre línguas e suspiros, toques e arrepios, mordidas e saídas que só uma mulher que sabe o que quer, sabe fazer sem fazer esfriar.
Dizem por ai que ela é boa, mas eu digo por ai que boa é minha mãe. Ela é mais que isso ela é maliciosa, ela é linda, ela é gostosa e não tem meio termos ou palavras amenas pra dizer ou mascarar. É isso o que ela quer, é isso o que ela sente, ela quer braços fortes e um peito imponente, a segurança de um lorde e um instinto safado, mais daquele bem dosado que sabe a horas das entradas e mais ainda... a hora das saídas.
Meu bem na verdade é uma menina, que por fora só mostra seu tipo de mulher. Ela é bobinha e pensa que sabe tudo, eu sou mais bobo ainda e penso que ela não sabe nada. Mas ela tem tanto pra aprender e eu tenho mais ainda pra ensinar.
É Ela.

Pevic. Pedrosa

terça-feira, 12 de abril de 2011

29º Ato - A Volta


Acordei hoje com a alma tão leve, mas tão leve que recebi até um beijo de uma anjinha que vi passar voando no céu sobre as nuvens de algodão. Disse pra ela que meu negócio não é com ela, que quem gosta de santo é Igreja e eu só vou à missa aos domingos, Antes e depois, eu só quero curtição. Ela me deu um tapa, mas um tapa tão forte que desci até o inferno. Lá encontrei uma diabinha que me tentou com algumas piscadinhas e propostas indecentes. Disse a ela que meu negócio não é com ela, que aquele fogo eu não apagaria nem que me pagassem e que quem quer corja com o capeta, acaba espetado.

Então eu voltei pra terra com alguns arranhões, um olho roxo e um óculos escuro, perdi a diabinha e a anjinha mas não perdi a pose. Na verdade eu to de boa e vim só pra fazer a social, minha vibe agora é outra, e a historia quem vai contar são aqueles que vão ver e vão querer estar no meu lugar. Vou andar por ai distribuindo sorrisos e arrancando suspiros, conversando sem segundas intenções e olhando até com quintas. Vou brincar de aparecer e desaparecer, de falar e fazer silêncio, de dar prazer e de receber, de te encontrar e me perder. Vou carregar durante todo tempo o meu amor dentro de uma caixinha, guardada a sete chaves e com um senha de mentirinha, esperando você chegar, devagarzinho, sem pressa, deixando o tempo te mostrar. E você vai ver, que eu sou o melhor pra você. E você vai se arrepender, e eu vou voltar atrás, ou não, quem sabe?

Quanto tempo você leva pra esquecer uma paixão? Quanto tempo você leva pra entregar seu coração? Eu tenho todo o tempo do mundo, e divido ele com você, e com você também, e... com você também... com você... com você...

Não me julgue, eu não te julgo, não me culpe porque eu também não te culpo. Cada um faz as escolhas que lhe convém, então vem enquanto ainda é tempo. Ou então fecha os olhos... vai ser melhor você não ver.


Pevic. Pedrosa

segunda-feira, 4 de abril de 2011

28º Ato - O Pássaro


Difame meu nome por uma rua e outra, me diga na cara tudo que não sente, se negue a verdade crua de saber que você procura o conforto de minhas mãos quentes sempre que chamo você. Se esconda por dentro de seus cabelos e evite me olhar fundo para não se tentar. Não fale, não responda, diga que precisa ir embora e que não pode mais ficar.
Diga isso e saia de perto de mim, ou então fale pelos cotovelos até eu pedir pra se calar, sempre que te faltam palavras e só me resta te olhar na calmaria de meus 250 batimentos, só uma vontade me consome e me dá sossego, só um desejo tira o nexo entre minhas palavras e me cala, e me estiga, e me domina as mãos e me controla os pés, é essa vontade louca de te beijar.
Não me dê desculpas ou omita seus verdadeiros motivos, quem sente o que eu sinto sempre espera, e não há coisa pior do que esperar e se frustrar. Mas se você me quer, se você realmente me quer, me expresse e me fale, com um gesto, um mero sinalzinho. E acamparei no início da tua rua, montarei uma fogueira com pequenos bancos de madeira com vista pra lua, comporei mil canções de ninar para quando estiver cansada ninar teus ouvidos e afagar teus cabelos, até teus olhos pesarem mais que meus dedos e num sono calmo ao se sentir segura, eu adormecer ao teu lado nessa nossa historia, nessa vida escura.
Não pense meu bem, que por ser assim sou fraco ou perdi minha noção... mas eu carrego meu valor no peito e sou um pássaro na sua mão, por natureza sou livre e só volto pra tua janela se tiver água fresca, sombra suave e migalhas de pão.

sábado, 2 de abril de 2011

27º Ato - A Oração


Vou rezar a Deus três vezes ao dia em baixo de minha ducha de água fria, pra esfriar minha cabeça e me deixar pensar. Pedirei inspiração, momentos de prazer e de pura alegria, cantatas de amor ao teu lado, mensagens na areia de total harmonia deixando de lado os velhos atos passados, para olhar sempre o caminho certo de nossos novos passos.
Pedirei ao anjo do norte, sul, leste e oeste, que sem pestanejar me empreste as penas caídas de suas asas de luz, para te aquecer junto ao meu corpo, na plenitude de nossos corpos nus.
E sem pressa no ritmo que te agrade e te deixe pensar, farei de meus versos uma fração de minha demonstração de afeto, só para te mostrar dia pós dia, que é ao meu lado o seu lugar.

Pevic. Pedrosa