segunda-feira, 11 de outubro de 2010

12º Ato - A Desconstrução


Hoje acordei com um gosto amargo na boca, um cheiro estranho na roupa, uma lembrança deturpada, uma idéia mal formada. Acordei achando que tudo tem um pouco de nada, e geralmente não temos nada quando achamos que temos tudo. Hoje acordei sem acreditar, pisando no chão e sentindo um arrepio fino me subindo pela espinha e me fazendo acordar. Quando levantei senti o piso frio, o vento leve batendo nas minhas costas, meu rosto amassado refletido no espelho.
Hoje percebi que tudo nós esteriotipamos, que tudo nós julgamos e que ainda acreditamos em contos de fada. Hoje me descobri inconstante, imprevisível, diferente. Descobri olhando pela janela como é gostoso sentir uma brisa, como é confortante fechar os olhos e deixar os outros sentidos te guiarem. Percebi que não existem amores perfeitos ou tão grandes defeitos que não sejam reparáveis ou suportáveis. Percebi apenas olhando pela janela que realmente a tendência agora é "desconstruir". É olhar as coisas com outros olhos, dar chance a coisas novas e ser você mais que antes e muito mais que depois. Porque não existem amores perfeitos ou tão grandes defeitos que não sejam reparáveis ou suportáveis. Não adianta se enganar e procurar outras saídas, as pessoas são aquilo que querem ser, e só elas tem o poder de se mudar.
Toda mudança vem de um lugar inatingível, um lugar que só quem o domina, é capaz de esboçar uma reação.

Pevic. Pedrosa