terça-feira, 30 de novembro de 2010

13º Ato - A Promessa


Já procurei mil maneiras pra dizer

No fundo eu nem sei explicar

São tantos momentos pra viver

São tantas coisas que eu tenho que te falar

Na verdade eu não consigo esconder

Fica tudo tão claro no meu olhar

Mesmo que eu demorei a te ver

Você vive comigo, está em todo lugar

Não posso te oferecer uma viagem ao Havaí

Ou talvez milhares de sonhos de aluguel

Mas se quiser andar comigo por ai

Te ofereço uma vida plena pra viver

E quem sabe um dia até um véu

Não sou o tipo certo de um garoto ideal

Faço mais o tipo errado que quando está apaixonado

Vira o mundo como um louco alucinado pra fazer quem ama feliz

Já errei bastante, já fui mocinho e até vilão

Hoje já estou até calejado, já passei por mal bocados

Mas sou melhor assim, esse novo EU que não descarta as experiências

Que não mais se importa, com pequenas insolências

Sou hoje muito mais completo do que era antes

Não me arrependo dos erros que cometi porque me fizeram crescer

E também não me arrependo das coisas que eu não fiz

Porque talvez tudo tivesse um outro rumo

Rumo, caminho, direção

Percebi já faz um tempo, que encontro você em todos os caminhos

Não importa a direção, acho sempre teus passos divinos

Que quase não marcam o chão

Você que sempre me levou, sem nem perceber na verdade

Pelas historias mais lindas, pelas lembranças que mais me trazem saudade

E agora, no final das contas, quando eu tenho que te falar

O que eu sinto, e já não para mais de pulsar

Eu não encontro nenhuma palavra que me ajude a expulsar

Esse sentimento preso, que teima em gritar

Teu nome em cada e pleno instante, que me tira o fôlego toda vez que paro pra pensar

Nesse teu cheiro que eu nunca sonhei, nos teus lábios que eu nunca beijei

Eu só queria te falar, que em todas as noites antes de dormir

Você me aparece como um anjo e sempre me faz pedir

Mais cinco minutos em baixo das suas asas...

E lá no fundo, quando ninguém mais pode ver, quando a saudade e o frio tomam conta como a água gelada que cobre o rio...

Eu escrevo teu nome na pele, na ingênua esperança, de que ele possa me aquecer...


Pevic. Pedrosa