terça-feira, 14 de dezembro de 2010

14º Ato - O inconsequente


Há de ser diferente, simplório, até inconseqüente. Hoje eu quero simplesmente fluir, deixar levar e fazer sem pensar. Deixar o verbo virar poesia, a rima virar melodia, o asfalto virar o salão no qual eu vou dançar. Hoje tanto faz as milhares de caras feias, hoje sou mais eu e estou me sentindo mais que demais. Vou parar um carro com as mãos pra deixar uma moça bonita atravessar a rua, vou jurar paixões e levar meu amor secreto até a lua, vou até fechar os olhos e escolher o beijo mais doce da boca mais incerta, no momento mais espontâneo que eu conseguir imaginar.
Hoje parceiro, eu não sou de mais nenhuma, sou do vento, sou do sol, sou do amor próprio, sou de qualquer uma.
Porque hoje eu não quero nenhum dos meus amores imperfeitos, quero sim um amor direito, com um pouquinho de ciumes, cobranças e muito respeito. Porque tudo que é bom não vem de graça, e HAHAHA eu to pagando pra ver, você me conquistar.
Quero chegar em casa com um perfume diferente na roupa, a ressaca mais louca, e a certeza mais certa de que tudo foi tão intenso que mais nada poderia acontecer. Na verdade eu cansei dos meus amores eternos de final de semana, que mesmo eu sendo um cara legal, duram apenas 4h em algum lugar banal, com passos mansinhos, e do lado da cama um pequeno bilhetinho, dizendo "um beijo, foi bom, tchau tchau".
Porque hoje eu não quero nenhum dos meu amores imperfeitos, quero sim um amor direito, com um pouquinho de ciumes, cobranças e muito respeito. Porque tudo que é bom não vem de graça, e HAHAHA eu to pagando pra ver, você me conquistar.

Pevic. Pedrosa